Há um certo tempo notamos que o tal Dia Internacional da Mulher têm se transformado numa espécie de data comemorativa,tal como o dia das mães ou o dia dos Pais ou o Natal.A mídia divulga a data de tal modo que só nos lembramos de fazer fazer compras ao invés de pararmos para refletir a respeito da condição do ser feminino na sociedade.
Para mim isto não é surpresa.É óbvio que por trás disso estão os interesses de grupos dominantes (organizados ou não).Eles sabem o que querem.São cuidadosos,afim de não gerar revoltas na massa que oprime.Geralmente são afetuosos utilizando-se da máquina da mídia.
A mídia gera e abastece-se de dinheiro e,ao contrário do que propala,não "está ao seu lado".Deste modo,no caso da mulher brasileira,o que veremos será apenas a idéia de que a mulher livre é aquela que consome.Mesmo que seja o consumo de alguma personagem rica e branca da trama da novela das oito,que trai o marido levianamente e se estabelece como heroína nacional...
Por outro lado a militância política do feminismo está atrelada aos interesse partidários-ideológicos de suas representações:não é muito difícil encontrarmos mulheres oprimidas por um mesmo fator agressor,mas que tomam posições antagônicas,por causas das cores de seus partidos!
Some-se a isso o fato das diferenças brasileiras.Sobretudo as diferenças étnicas,econômicas e sócio-culturais:Uma coisa é uma personagem da Suzana Vieira,aos quase 70 anos,deixar filhos e marido(malvado) em casa para encontrar-se com o amante(nas tramas românticas todos os amantes são bonzinhos) no forró;outra é a fulana de tal,de 32 anos de idade com a sua amiga adolescente,deixar seus filhos(5 crianças no total,filhas das duas mulheres,sendo que a mais velha tem apenas 11 anos!)para ir para o forró...Este caso aconteceu neste último final de semana em uma favela de Jundiaí.E,é claro, é mas comum que a mídia mostra,já que estes casos são resultados da falta da educação de qualidade somada justamente aos foguetes sem religião lançados por esta mesma mídia todos os dias,todas as horas...
Se levarmos em consideração que a mulher brasileira está mais para a morena que pega ônibus com você que para Gisele Bündchen,mais para a Mariazinha-apanha-calada que a Marília 'Tagarela' Gabriela ou que os seus maridos estão mais para o sambista grosseiro(mas gente fina)que para o asséptico 'toy boy'Reynaldo Giannechinni,concluímos que este "feminismo de mídia"só serve à mulher branca e rica dos Jardins ou do Leblon.Ao resto...sobrou uma promoção de um "kit" de maquiagem que vai esconder o seu olho rôxo depois daquela porrada que você levou do maridão,ou o "direito" de acusar o marido da vizinha que está tendo um caso com aquela vagabundinha de 20 anos,(que estava se pegando com o seu marido também),de pedófilo.
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