Ficou muito claro nestes últimos dois meses,por conta
do horário eleitoral,que apenas determinados grupos têm oportunidades reais de
alcançar o poder.São eles aqueles que manipulam a arte da publicidade,especialmente
de maneira pouco ética.
E não nos referimos aqui somente aos que detém a
propriedade dos meios de comunicação mas também àqueles que criam um
determinado inimigo(ou que ampliam a “periculosidade” real deste,quando ele
existe de fato).
Como sabemos as regras da propaganda eleitoral no
Brasil são engessadas por lei.Os debates entre os candidatos,por exemplo,são
tão cheios de regras que na prática anulam a sua função que seria a de
divulgação das ideias e propostas dos diversos candidatos,que muitas vezes têm
ideologias antagônicas e que,portanto,poderia gerar discurssões muito mais acaloradas
e estimulantes à participação do cidadão comum(não afiliado a partidos
políticos).As regras dos debates,que proíbe até mesmo comentários pessoais,como
algum relacionado à aparência,transforma os debates em uma farsa patética.Muitos
eleitores só vão às urnas por obrigação mesmo.
Nos Estados Unidos,onde o voto não é obrigatório,as
campanhas políticas são financiadas por capital particular e os debates são verdadeiros
espetáculos,que,além de ajudar a definir o melhor candidato estimula o cidadão
a participar do pleito.Com gosto e participação.Isto sim é democracia!Quanto à
nós,somos obrigados a participar de uma grande farsa aparentemente...
A publicidade
ilude
Como dissemos,apesar das regras patéticas das
eleições,durante todo o ano os meios de comunicação fazem campanhas políticas,sem
regra alguma,mesmo em anos em que não há eleição.
Novelas,peças publicitárias,filmes,revistas,jornais,etc,de
maneira sutil e suave lavam o cérebro do “eleitor”que engole “valores” como a “força”
da mulher,(in)segurança pública,”direito”dos animais,”o futuro de nossos filhos
e netos”etc..Quando chega o ano eleitoral lá estão os ilustres candidatos com
as mesmas ladainhas,repetidas na mídia.O cidadão comum não percebe,mas trata-se
de um “teatro”,uma armadilha que não promoverá mudança alguma,porque trata-se
de um jogo de cartas marcadas. jarigl
Mulheres,especialmente as negras e pobres(que
misteriosamente surgem na tela da tv em épocas de eleições,mas pouco aparecem nas
novelas),continuarão a ser mortas,não só pelo machismo,mas pela miséria.O machismo
na periferia é filhote da miséria e nenhuma blogueira feminista vai
resolvê-lo.Elas são demagogas e só desejam alcançar o poder como o de seus
parentes machos brancos,pais e filhos.O patriarcado da família delas é
positivo,o dos outros é que é destruído...Quanto a você que é negra da
periferia?Poderá trabalhar como empregada da tal feminista,que vêm alcançado o
poder através de suas publicidades feministas mas que nada farão para combater
as causas das injustiças cometidas contra as mulheres e homens(sim,os”machistas”pobres
não passam de coitados também)que são a ignorância e a miséria.
Os candidatos destas e outras eleições evocam(e
exploram)a fé das pessoas,sobretudo a dos evangélicos;exploram a paixão do povo
brasileiro pelo futebol,o medo do cidadão acuado pela violência gerada pelas
injustiças e até evocam os nossos afetos pelas crianças e bichos de estimação.”Artistas”oportunistas
se “engajam”nestas campanhas para poder continuar na mídia,mesmo que as suas
carreiras já tenham acabado há anos,ainda que,na maior cara de pau,promovam a
censura de meios de comunicações mais livres como a internet...
No dia 7 de outubro,tal como bois que estão prestes a
ser abatidos e depois como palhaços patéticos e controlados,votaremos.A
democracia no Brasil,na prática,parece não existir.Votaremos a contra a nossa
vontade e,pateticamente,seremos acusados de pedófilos e espancadores de
mulheres.Inocentes,seremos presos em flagrantes...Continuaremos a morar
longe,teremos um transporte horrível,contaremos apenas os centavos miseráveis e
morreremos sem assistência médica justa no meio da rua.Nada mudará.
Mas feministas disfarçadas de defensoras das
mulheres,falsas artistas,como as Ivetes Sangalos da vida,e,sobretudo os
políticos (re)eleitos continuarão numa boa e cada vez mais ricos!
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