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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Não precisa ser assim um Gianecchini





Ficamos todos chocados com a notícia de agora a pouco relacionada ao ator Reynaldo Gianecchini,38 anos,que afirmou estar com câncer,um linfoma não Hodkins,relacionado à baixa imunidade(o que dá margens  à especulações da presença de outras doenças como a AIDS,por exemplo).

Ficamos chocados porque o Gianecchini é um ícone.Sua bela estampa é um referencial de beleza masculina exemplar.A beleza(seja masculina ou feminina)é também um sinalizador de saúde.Ninguém podia esperar portanto que justamente o Reynaldo Gianecchini viesse a ser,em plena juventude,uma vítima de câncer.

O Gianecchini é um personagem importante nestes tempos de ajustes de contas entre os gêneros.Durante séculos as mulheres  foram obrigadas a aceitar papéis impostos pela cartilha machista:da "Princesinha boazinha" à "Megera indomável",da "Mocinha casadoira" à "Amante mal falada",no fundo,TODAS as mulheres tinham o seu destino moldado de acordo com os interesses chauvinistas e patriarcais.E,infelizmente,muitos desses modelos de submissão,disfarçados de "bem-querer" persistem
aqui ou ali.

Os novos paradigmas sócios-econômicos-culturais,pós modernos,a globalização,o niilismo e o fim das ideologias(ou a crença nelas)contribuem,felizmente,para que estas práticas culturais absolutamente injustas e espúrias ao gênero feminino se diluam.

As feministas,especialmente estas feministas de vinte anos para cá,que se valem dos meios de comunicação,tv,cinema,livros,teatro,etc...e que eu chamo de "feministas" de mídia(quase feministas de merda,repare...)tomam para si a autoria dos avanços das conquistas femininas na sociedade.O papel delas é importante na reclamação,sim,mas se hoje temos mulheres no mercado de trabalho ocupando todos os postos,inclusive nos altos postos,como o da Presidência da República,devemos atribuir tais fenômenos à evolução da sociedade,especialmente quando consideramos à questão das conquistas tecnológicas e aos novos papéis impostos pelos novos modelos(bons ou não) impostos pelo fenômeno da globalização.O feminismo de outrora,cujos fundamentos são válidos ainda,também contribuíram para essas novidades.

O Gianecchini é um ícone do chamado feminismo de mídia.A sua imagem de galã que inteligentemente  se envolve,seja na sua vida pessoal,seja como personagem do cinema,tv ou teatro,com mulheres mais velhas é desejável e glamurosa.Derruba modelos machistas e limitadores que reduz a mulher a um objeto sexual a ser consumido como se fosse uma fruta que se "estraga" já a partir dos 30 anos apenas!O problema é que esta imagem do jovem bonitão e a sua namorada experiente começou a ser imposta de maneira nazista,a lá Göebbels,o homem responsável pela absurda propaganda nazista que preconizava que uma mentira contada repetidamente se transforma em verdade.

Alguns grupos,como os "defensores de criancinhas" e feministas de mídia adoram contar as suas mentiras até que a opinião pública acredite neles.Ligue a tv.Pronto,logo você verá em novelas,peças publicitárias e até filmes,cuidadosamente selecionados,a mulher mais velha,que por se sentir oprimida,abandona o marido e os filhos para ficar com o porteiro do prédio,o mecânico,dentre outros calhordas,tudo para mostrar a "força"feminista(de mídia).O pior é que tem gente que acredita nisto.Na periferia e nos guetos o resultado pode ser violência doméstica,desrespeito,isolamento e solidão.Como em um filme(pornô?)noir tudo acaba muito mal.

Será que o Gianecchini,que esperamos ver por décadas nas telas e palcos da vida,caso resolva arranjar uma namorada que tenha 19 anos,poderá viver o seu romance sem ser perseguido pelas vadias fanfarronas da tv e pelos demagogos caçadores de pedófilos?Talvez não,afinal o belo,(veja a ironia) é um objeto,tal como foram milhões de mulheres durante milênios.Um objeto inserido em um jogo maquiavélico,porque tal como a "Princesinha boazinha",que só é considerada por se encaixar nas regras deletérias do machismo,o eterno galã das velhinhas,O Gianecchini,também não terá plena liberdade para ser simplesmente um homem bonito que poderia fazer sexo com quem bem entendesse...

Um homem de verdade reconhece a mulher como um ser livre,que jamais deveria ser julgada ou presa;um homem de verdade também não deve se submeter à sub-ideologias(até porque não há mais ideologias)como o feminismo de mídia,até porque um homem de verdade pode até morrer jovem,contanto que morra livre,cuja história não tenha sido marcado por injustiças contra os outros ou por falta de liberdade.

Meu caro,amigão:seja um homem livre!E olha que nem precisa ser assim um...Gianecchini...
Entendeu ou quer que eu desenhe?!

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